Eu não sei quanto tempo ainda me resta. Ninguém sabe. Mas gostaria que você soubesse. Te escrevi algumas vezes. Muitas. Cartas que nunca enviei. Não enviei por respeito: às oportunidades que você me deu, às quais fiz questão de rejeitar porque era nova demais para compreender a dimensão do seu amor por mim; e também por respeito à vida que você construiu sem mim. Vida essa que, de certa forma, me deixa feliz.
Você foi uma das pessoas mais incríveis que já conheci em toda minha vida. E eu queria que soubesse disso antes que eu partisse. No ponto de ônibus, deixei escapar o primeiro "eu te amo". Mas a verdade é que o "eu te amo" de agora é muito mais profundo, mais consciente e carregado de verdades. Ainda assim, jamais me arriscaria a te entregar esta carta, entre todas as outras que já te escrevi.
Porque eu amo-te no silêncio.



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